O CONGRESSO DOS ODORICOS
"O Brasil nem parece um país, parece um experimento social pra ver quem aguenta.
No intervalo de uma semana tivemos a presença de duas mulheres icônicas no congresso.
De um lado Marina Silva, uma das mulheres mais importantes da história do Brasil e que foi humilhada no congresso.
No outro lado, Virgínia, uma influenciadora que vende creme, para, emagrecer e no mesmo congresso foi ovacionada.
Vamos aos fatos
Marina Silva:
Preta, do Acre, filha de seringueiros, alfabetizada aos dezesseis, sobreviveu a Malária, a pobreza extrema, ao machismo e ao racismo estrutural.
Foi senadora, três vezes ministra, três vezes candidata a presidência e sobre sua gestão no meio ambiente, o Brasil teve a maior redução de desmatamento da história. Ganhou prêmio da ONU, ganhou prêmio do príncipe de Gales, foi listada pelo BBC, entre as mulheres mais influentes do mundo, é uma referência mundial na luta ecológica e nos direitos humanos.
Essa mulher entrou no congresso pra defender o meio ambiente e saiu de lá insultada.
Teve senador dizendo que ela não merecia respeito.
Ela se levantou, ergueu a cabeça e saiu com a dignidade que o nosso congresso perdeu há muito tempo, se teve.
Virgínia Fonseca:
Influencer branca, loira, lindinha, chamada ao congresso pra prestar esclarecimento sobre propaganda enganosa, de produtos sem comprovação.
Faz promessas milagrosas com creme que emagrece, creme inclusive que tem relação direta com a farmacêutica da família do marido dela. É investigada pelo PROCON, foi notificada por enganar consumidor. Sabe como essa mulher foi recebida no nosso congresso? Como uma celebridade. Ficaram tietando, fazendo fila pra tirar selfie, rasgando elogios. Ninguém cobrou nada, ninguém nem lembrou que ela tava ali investigada.
Você tá etendendo?
A mulher que dedicou a sua vida pra proteger nosso meio ambiente foi enxotada e a outra mulher que vive enganando o consumidor foi bajulada.
Aqui no Brasil se você é preto, é inteligente e combativa, você é incômodo.
Agora se você é branca, fútil, aí todo mundo te adora. O Brasil é essa merda porque a nossa régua moral é completamente invertida.
A gente desrespeita quem merece medalha e aplaude quem deveria estar se explicando e até preso.
Enquanto a Marina saiu do congresso com a cabeça erguida, Virgínia saiu de lá com mais seguidores e o congresso saiu mais uma vez escancarando o quanto é "MEDÍOCRE"
TEXTO DE UM VÍDEO DO @pastorberlog QUE RECEBEMOS PELO WHATS. VEJA ABAIXO
A volência política de gênero e raça não pode mais ser normalizada — nem ignorada.
Nosso enxame está formado para enfrentar quem tenta silenciar mulheres na política. Nos solidarizamos com Marina Silva e todas as mulheres que, ao ocuparem espaços de poder, são alvo de ataques misóginos e racistas. Exigimos a cassação do senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, que nesta terça-feira (27/5) disse para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, “se colocar no seu lugar”, em um momento de debate.
Concorda?
Então assine o abaixo-assinado e ajude a mostrar que não vamos mais tolerar violência política como prática cotidiana no Brasil.
ASSINE JÁ
RIA SE PHUDER
PORTUGA CONFUSO
O português entra apressado num estabelecimento comercial e pede:
- Uma bacalhoada, por favor!
- O senhor é português né?
- Como descobriste? Pelo sotaque ou pelo fato de ter pedido bacalhoada?
- Nenhum um, nem outro! É que aqui é uma sorveteria.
PÁ...PÁ...PÁ...PÁ...
Aquele bandido mal afamado entra no Saloon, arrastando as esporas prateadas. Ele se aproxima do balcão. Não se ouve nem um pio. Abre o casaco, exibindo um reluzente revólver no coldre, vira-se para um rapaz que estava sentando em uma das mesas e pergunta:
- Você ai... sabe quanto é um mais um?
-É... é... é do-do-is! - responde o rapaz. - Então, ele saca o revólver e pá... pá... dá dois tiros no sujeito. Silêncio total, de repente uma vozinha fina de mulher, vinda lá do fundo:
- Por que mataste o rapaz?
- Porque ele sabia demais!
SURPRESA
Véspera do Natal o executivo entra em uma papelaria e pede para ver canetas. Após alguns momentos de indecisão diante da quantidade exposta no balcão, e finalmente escolhe uma.
- O senhor quer que embrulhe pra presente?
- Sim ! É para minha esposa.
-Oh, vai ser uma surpresa e tanto.
- Vai mesmo. Ela tá esperando por um carro!
O TOMBO DA PROFESSORA
Um dia a professora estava andando de saia, e levou o maior tombo na sala de aula,levanta-sem graça interroga os alunos:
-Carlinhos o que você viu? -Seus joelhos professora.
-Uma semana de suspensão!
E você Pedrinho o que você viu? -Suas cochas professora.
-Seis meses de suspensão.
-E você Joãozinho, o que você viu? - Joãozinho pega seus livros e vai saindo, quando
chega na porta diz: - Ai galera!!! Até o ano que vem!!! kkkkkkkkkkk!!!
Domingo, 7h45. Lino Britto vestia um terno que parecia ter sido herdado de um apresentador de telejornal dos anos 70. Os ombros eram largos demais, e a gravata, uma homenagem involuntária ao Carnaval de Olinda.
Dudu, por sua vez, apareceu de bermuda, chinelo e uma camiseta onde se lia “Rir é Preciso”.
— “Não tinha traje formal no brechó aberto de madrugada.”
A Igreja São Miguel Arcanjo dos Últimos Risos estava lotada. O padre Alcebíades, com sua batina impecável e expressão de ‘isso aqui vai dar ruim’, preparava-se para a tal Missa de Reparação. Ao lado do altar, um cartaz com letras garrafais:
“Humor com Respeito: Rir Sem Pecar”
Lino respirou fundo, sentou-se no primeiro banco com Cremilda ao lado, ainda emocionada pelo “negativo que mudou sua vida”.
A missa começou solene. Mas logo virou tragicomédia.
O coral errou a entrada e cantou Asa Branca. Um coroinha tropeçou e derrubou água benta em uma idosa que gritou:
— “É o batismo completo!”
Dudu tentava segurar o riso, mas parecia um vulcão engasgado.
Na homilia, o padre mirou direto em Lino:
— “E há entre nós um servo que brincou com a fé, zombou dos anjos e confundiu a Virgem com uma repórter de fofoca!”
Lino corou. Dudu gargalhou.
— “O senhor quer que eu suba ao púlpito?”, arriscou Lino.
— “Não. Quero que cale e reflita.”
A coisa degringolou quando Cremilda, emocionada, pediu para dar um testemunho. Pegou o microfone:
— “Me achava grávida do motorista casado. Mas não tava! Era só café demais e ansiedade!”
A assembleia silenciou. Depois, aplaudiu. Alguns choraram. Outros riram. Uma senhora desmaiou.
O padre, em desespero teológico, tentou retomar o controle:
— “Por favor! Estamos em momento de recolhimento…”
Mas aí, Dudu, já possuído pelo espírito da palhaçada, gritou do fundo:
— “E o Anacleto, o pombo? Vai ser canonizado quando?!”
Foi o caos.
O padre encerrou a missa 20 minutos antes. Lino foi abençoado com água benta jogada com raiva. Cremilda ganhou um terço e um convite para participar do grupo de oração das Marias Arrependidas.
No fim, Lino, Dudu e Cremilda saíram rindo tanto que precisaram sentar no meio-fio da praça.
— “Sabe de uma coisa?”, disse Lino. “A gente devia fazer uma matéria: ‘Fui à missa e saí excomungado com fé renovada’.”
— “Título ótimo”, respondeu Dudu. “Mas só se o pombo escrever o editorial.”
Virginia Fonseca e Zé Felipe anunciaram o fim do casamento por meio de uma publicação feita no perfil oficial dos dois no Instagram na noite da última terça-feira, 27. O comunicado foi feito enquanto os dois estavam em Coimbra, Portugal, para o show do cantor, que aconteceu na noite desta quarta-feira, 28. As crianças, por sua vez, ficaram na fazenda com os avós.
Na mensagem, os dois afirmaram que não são mais um casal, mas que seguem unidos em prol dos filhos.
"Juntos sempre e agora de uma maneira diferente. Decidimos que seremos amigos para cuidar do nosso maior bem, nossas bençãos enviadas por Deus, os nossos três filhos. Não estarmos juntos como casal, nunca será motivo para não darmos valor a tudo que construímos, uma família linda. Vivemos isso intensamente, nos aproximamos, descobrimos a alegria de sermos pais e fomos cúmplices em cada momento. Torcemos um pelo outro e assim seguiremos."
Segundo a colonista Fabia Oliveira do Portal Metropoles, Nayara Macedo, também conhecida como Any Awada, está grávida. Ela se envolveu em uma polêmica em março, ao participar de uma festa íntima que contou com a presença do jogador Neymar Jr. no interior de São Paulo. A garota de programa afirma ter mantido relações s3xuais com o famoso.
Atualmente presa sob suspeita de envolvimento em um esquema de falsificação e venda de cosméticos adulterados, Any Awada foi submetida a exames que confirmaram sua gestação. A idade gestacional estimada em 10 semanas e três dias."
POPULAÇÃO BRASILEIRA
222.450.307
30/05/2024 - 17h34
BUSQUE CONHECIMENTO, MAS NÃO MUITO! SENÃO VOCÊ FICA TRISTE E NÃO DORME."
REFLEXÃO
Em português a gente diz:
Como é que a gente culpa o vento por bagunçar a nossa casa, se fomos nós que abrimos a janela.
Mas no meu diário a gente diz:
Não é hora de culpar os palhaços. É hora de olhar no espelho e perguntar. Por que a gente continua pagando ingresso pro circo.
É hora de perguntar por que o país aplaude mais o espetáculo do que a justiça?
Por que os risinhos saem mais alto do que a denúncia?
E por que nesse enquadramento nunca a espaço para dor do outro?
É hora de perguntar por que quem não entende uma pergunta é quem ganha o palco o prêmio os seguidores, enquanto quem estuda só corre resiste e vira passageiro do próprio esforço.
Mas não faltam palcos, faltam espelhos.
É hora de perguntar quem queremos coroar?
Porque a gente coroa o coringa, entrega o trono e aplaude, com se ele fosse o rei.
E veja bem...eu não estou aqui pra criticar o trabalho de ninguém. Eu mesma preciso comprar u Whey Protein.
É que sustentar as lonas desse circo exige mais músculos que lucidez.
E um pouco de sabor pra disfarçar o gosto metálico do desrespeito escancarado.
Quem sabe um fragrância com notas de baunilha e desinformação.
O palco segue armado e a plateia ri nervosa, desviando os olhos do espelho, porque as vezes é mais fácil vaiar o palhaço do que admitir que fomos nós que compramos o ingresso.
Daniela Erthal
Na hora da morte, mesmo que estejamos ao lado de pessoas que nos amam, a viagem é pessoal, a sós. É a solidão máxima. O mesmo acontece nas nossas quedas. Quando estamos doentes no corpo ou na alma, quando perdemos as pessoas que amamos, quando quebramos financeiramente, quando mergulhamos no vício, quando perdemos nosso bom nome ou nossa liberdade, em geral somos abandonados ou até apedrejados. Mesmo, porém, que amigos nos cerquem, o levantar, o caminhar e o prosseguir são viagens pessoais, a sós. Se ao nascermos dependemos totalmente dos outros, nessas lutas por reviver tudo depende completamente de nós.
Publicado na edição 460 - 22/04/2017
Página do autor:
Galinhas
Enquanto não possui mais que minha cama e meus livros, fui feliz. Agora possuo nove galinhas e um galo, e minha alma está perturbada.
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A propriedade me fez cruel. Sempre que comprava uma galinha eu a atava dois dias numa árvore, para impor a ela meu domicílio, destruindo em sua memória frágil o amor á sua antiga residência. Remendei a cerca de meu pátio, com a finalidade de evitar a evasão das minhas aves, e a invasão de raposas de quatro ou dois pés. Me ilhei, fortifiquei a fronteira, tracei uma linha diabólica entre meu próximo e eu. Dividi a humanidade em duas categorias; eu, dono de minhas galinhas, e os demais que podiam me toma-las. Defini o delito. O mundo se chega a mim com possíveis ladrões, e pela primeira vez lancei ao outro lado da cerca um olhar hostil.
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Meu galo é demasiado jovem. O galo do vizinho saltou a cerca e se pôs a cortejar as minhas galinhas e a amargar a existência do meu galo. Espantei a pedradas o intruso, mas as galinhas saltaram a cerca e botaram na casa do vizinho. Reclamei os ovos e o meu vizinho se aborreceu. Desde então, vi sua cara sobre a cerca, seu olhar inquisidor e hostil idêntico ao meu. Seus frangos passaram a cerca, e devoraram o milho molhado que eu destinava aos meus. os frangos alheios me pareceram criminosos. Os persegui, e cego pela raiva, matei um deles. O vizinho atribuiu uma importância enorme ao atentado. Não quis aceitar uma indenização pecuniária. Retirou gravemente o cadáver de seu frango, e em lugar de come-lo, levou mostrá-lo a seus amigos, com que começou a circular na cidade a lenda de minha brutalidade imperialista.
Tive de reforçar a cerca, aumentar a vigilância, elevar, em uma palavra, meu preparo para guerra.
O vizinho dispõe de um cachorro decidido a qualquer coisa, eu penso em adquirir um revólver.
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Onde está a minha antiga tranquilidade? Estou envenenado pela desconfiança e pelo ódio. O espírito do mal se há apoderado de mim. Antes eu era um homem, agora sou um proprietário…
(FIM)
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Rafael Barrett (1876-1910).
Nascido na Espanha, foi escritor, filósofo e jornalista. Desenvolveu a maior partede sua produção literária no Paraguai.
O conto foi publicada em El Nacional, Assunção Paraguai, em 5 de julho de 1910)
