CRÔNICA
Há 125 anos no Rio de Janeiro, chegava às livrarias da então capital do Brasi,l a história completa do triângulo amoroso mais célebre da literatura nacional: Bentinho, Capitu e Escobar. Em pouco tempo, Dom Casmurro tornou-se o mais conhecido romance de Machado de Assis, e da literatura brasileira.
A história é a narrativa que ninguém confia (mas todos discutem) e contada por Bentinho, já idoso, relembrando o passado com ares de quem tenta se convencer de suas próprias versões.
Abaixo, talvez as impressões de Bentinho nos dia atuais.
As verdades que inventei
Dizem que o tempo cura tudo. Mentira. O tempo é um velho contador de histórias que esquece os finais ou os inventa, conforme a conveniência da saudade. Eu, Bentinho, sou prova viva — ou quase — disso. Há dias em que Capitu me aparece nítida, com os olhos de ressaca me puxando de volta ao velho sobrado da Glória. Noutros dias, ela se dissipa como fumaça de incenso antigo, e tudo o que me resta são perguntas.
Passei a vida tentando entender o que houve. Ou se houve. Talvez eu tenha amado demais. Ou de menos. Talvez tenha amado errado. Ou apenas errado em amar. A dúvida é um espelho rachado: nunca se vê o rosto inteiro. E mesmo assim, insisti em mirar nele todos os dias da minha velhice, como quem tenta se lembrar do próprio rosto depois que a juventude vai embora sem deixar bilhete.
Sim, contei minha história. Pus no papel minhas lembranças, temperadas com um pouco de amargura e uma pitada de vaidade. Como todo escritor de si mesmo, exagerei em algumas cores, apaguei outras. Chamei isso de memória, mas talvez fosse apenas desejo: o desejo de estar certo, de que o mundo concordasse comigo, de que Capitu fosse culpada. Era mais fácil assim.
Mas hoje, confesso em voz baixa — para que só as paredes ouçam —: talvez eu tenha sido apenas um homem assustado, com medo de perder aquilo que mais amava. E por isso, perdi. Porque o ciúme é um bicho que rói por dentro, e não faz barulho até devorar tudo. Envelhecer é isso: assistir ao passado como a um filme em que não se tem mais certeza se foi ator ou apenas espectador.
VERGONHA
Vereadores de São Sebastião, arquivaram na terça-feira (08/04) o processo de cassação
contra o vereador Nabuco, acusado de assédio sexual pela ex-assessora Tereza Cristina.
Favoráveis ao arquivamento:
Daniel Soares, Glauber Ferraz, Pedro Renato,
Edgar Celestino, Alex Damasceno, Tião Faustino e Daniel Simões.
Contra o arquivamento:
João Paulo, Henriana Lacerda, Maria Ângela e Luiz Cardim
VEREADORA HENRIANA LACERDA DESTACA AÇÕES
DOS SEUS 100 PRIMEIROS DIAS DE MANDATO
Completando os primeiros 100 dias de mandato, a vereadora Henriana Lacerda tem se destacado por uma atuação marcada pelo compromisso com a população de São Sebastião. Desde o início de sua legislatura, a parlamentar vem mantendo um ritmo intenso de trabalho, com foco em três pilares principais: zeladoria urbana, inclusão social e valorização das comunidades tradicionais.
Zeladoria urbana como prioridade
Henriana protocolou diversos ofícios e indicações para serviços de manutenção em diferentes bairros do município. Entre as ações de maior destaque estão a roçagem e manutenção da escadaria do Juramento, intervenções na Rua São Marcos (Enseada), além da limpeza do Mangue do Colhereiro. Também foram realizadas solicitações para a limpeza das praias do Areião e do Córrego Mãe Isabel.
Mobilidade urbana
Com atenção especial à mobilidade urbana e segurança no trânsito, Henriana Lacerda requisitou a instalação de lombadas na Rua Nossa Senhora da Paz, na Vila Amélia, e a construção de um ponto de ônibus na entrada do bairro Reserva Du Moulin. Também foi autora do requerimento que garantiu mais vagas no transporte universitário.
Valorização social e comunidades tradicionais
Henriana também levou à Câmara requerimentos com foco em ações sociais. Entre eles, destaque para a valorização das comunidades indígenas do Rio Silveiras, a construção de um espaço de convivência para idosos, e a ampliação do Lar Vicentino. Para os profissionais da saúde, solicitou a redução da jornada de trabalho dos nutricionistas da rede pública. Também propôs um requerimento para a implantação de políticas voltadas à inclusão de pessoas com autismo nas unidades escolares.
Fiscalização e planejamento financeiro
Em seu papel fiscalizador, a vereadora solicitou a suspensão do pagamento de uma obra de reforma na ciclofaixa e calçamento da Av. Guarda Mor Lobo Vianna e da Rodovia Dr. Manoel Hipólito do Rego, apontando a necessidade de apuração e transparência. Também propôs a criação de um Fundo Soberano Municipal com recursos dos royalties do petróleo, visando garantir maior autonomia financeira para São Sebastião.
Henriana Lacerda , lançou na sexta-feira (11) o Gabinete Online: https://henrianalacerda.com/gabinete-digital/ que é um formulário para a população enviar suas demandas diretamente para sua equipe, e adiantou, que os próximos meses serão marcados pela continuidade da fiscalização, pelo diálogo com as comunidades e por novas proposições voltadas ao desenvolvimento sustentável, justiça social e melhoria da qualidade de vida dos sebastianenses.
LINO BRITTO ENXUGANDO GELO
Meu avô me contou que quando viu o Titanic, avisou todas as pessoas desde o início, que o barco afundaria. Ele avisou insistentemente, que afundaria, mas, o ignoraram. Mesmo assim, ele ficou alertando todo mundo, que afundaria e muitos morreriam. Mandaram ele ficar quieto e não encher o saco. Ele continuou insistindo, até que o expulsaram do cinema.
Na delegacia uma bêbado discute com uma madame. O Delegado que estava mais preocupado em olhar o celular intervem.
-Você está totalmente alterado e errado. Essa bondosa senhora não lhe deu pão?
- Sim doutor!
- E por que você atirou pedra na vidraça da casa dela?
- Não era pedra doutor, era o pão que ela me deu.
O ASPONE da RR chegou a seguinte conclusão sobre o amor das mulheres:
Segundo um estudo feito pelo próprio, ela amam mais os maridos do que os filhos.
Essa conclusão deve ao fato delas deixarem com frequências os filhos com as visinhas e os maridos jamais.
Antigamente eu usava muito a expressão "nem que me pague" hoje, não atual circunstância da vida,
pagando eu tô dentro, kkkkkkkkkkk
O advogado é um ser humano tão diferenciado que nas suas veias corre os três tipos de sangue: OAB
Clitóris parece nome grego:
Como dizia Clitóris:
"Se não sabes onde estou, não sabes nada."
Capítulo 4
O Ataque Extraterrestre (de Imprensa)
Era manhã de sexta-feira quando a bomba caiu na redação da Gargalhada Semanal. Lino Britto, com olheiras dignas de um urso panda desempregado, abriu o envelope anônimo deixado embaixo da porta. Dentro, estava a nova edição do Risos da Hora, o concorrente plagiador. Na capa, em letras garrafais e fluorescentes, lia-se:
“EXCLUSIVO: Editor de revista de piadas engravida alienígena do signo de Júpiter!”
Abaixo da manchete, uma montagem tosca mostrava Britto abraçado a uma criatura verde de três olhos, usando batom e um chapéu de cozinheira. A legenda?
“Amor interestelar: nosso humorista vai ser papai galáctico!”
Lino Britto empalideceu. O papel tremia em suas mãos. Suava mais que palhaço no metrô das seis. Cambaleou até sua cadeira giratória e caiu nela como quem aceita a própria extinção.
— “Eles... Eles usaram meu horóscopo contra mim!”, murmurou, em estado de choque.
Cremilda, que lia a matéria encostada no bebedouro, gargalhava tão alto que parecia um alarme de incêndio. Dudu sempre silencioso, estava literalmente rolando pelo chão da redação, rindo em mímica.
— “Chefe, você não avisou que ia ser papai!”, zombou Cremilda. “E com uma alienígena ainda por cima? Isso que é globalização cósmica!”
Britto, pasmo, só conseguia balbuciar:
— “Mas... mas isso é calúnia... e com efeitos especiais ruins!”
A matéria era uma peça de ficção descaradamente inspirada no horóscopo surreal que Lino Britto havia autorizado na edição passada, onde Capricórnio (signo de Cremilda) viveria um “romance intergaláctico”. O Risos da Hora havia pego a piada e a virado contra ele, transformando o editor numa celebridade de tabloide interplanetário.
Ele cogitou processar, fugir, mudar de nome, abrir uma barraquinha de cachorro-quente em Saturno... mas, estranhamente, havia algo mágico naquele caos. Pela primeira vez, sua própria equipe ria de verdade — e por causa dele. Ainda que fosse uma vergonha cósmica, era também... engraçado.
Inspirado por esse momento de riso genuíno, Britto levantou-se, apontou para a máquina de escrever quebrada e declarou:
— “Se querem guerra de absurdos, vão ter! Vamos preparar a edição da vingança: ‘O dia em que a alienígena revelou o verdadeiro pai!’”
— “E quem seria?”, perguntou Dudu, em gesto mudo.
— “O prefeito ou o padre! É claro!”, respondeu Btitto, piscando.
O riso, afinal, era a única arma com a qual sabia atirar — mesmo que no próprio pé.
Fim do capítulo 4.
Leia na próxima edição, o Quinto Capítulo.
A salema (Sarpa salpa) é um peixe que pode causar alucinações severas, com efeitos que podem durar até 36 horas. Essas alucinações são atribuídas à bioacumulação de toxinas provenientes das algas que o peixe consome, especialmente na cabeça e órgãos internos.
Há registros de casos em que indivíduos experimentaram alucinações após ingerir o peixe, com sintomas semelhantes aos provocados pelo LSD.
RIA SE PHUDER
Um homem muito rico estava dando uma festa na sua mansão e reparou que um dos convidados se parecia extremamente com ele.
Pensando que tamanha semelhança não era possível sem laços de sangue e imaginando uma possível aventura do pai, se aproximou do convidado e perguntou:
- A sua mãe, por acaso já foi empregada desta casa?
- Não meu amigo, mas meu pai por muitos anos foi o motorista.
Nosso ASPONE no carnaval conheceu uma mulher na Praça do Coreto.
Depois de várias cervejas juntos, ela, na idade da loba e muito vaidosa, pergunta:
- Gatinho, quantos anos você me dá?
- Por esse olhar sensual, menos de 25 anos. Pela cútis sedosa, uns 20
e por esse corpo, 18...
- Nossa....você sabe como seduzir uma mulher!
E o que esta procurando aí no celular?
- A calculadora, pra somar tudo!!!
Já disse que a vida é um prato “a la carte”.
Se buscamos Paz, viveremos Paz; se buscamos guerra, viveremos num campo de batalha.
Paz e guerra, porém, quase sempre estão disfarçadas.
Uma doença pode trazer a semente de uma humildade que gerará Paz.
Um prêmio de loteria, por sua vez, pode gerar um inferno pessoal.
Além disso, quase nunca percebemos os pratos maravilhosos que estão disponíveis no cardápio da Vida:
aí pedimos e comemos mal.
Se um Michelangelo aparecer e se oferecer para um trabalho grátis, não peça para pintar o rodapé da sua sala.
Olhe para o teto
Publicado na edição 525 - 25/01/2020
Página do autor:
Em entrevista a Billboard, Nasi disse que os shows foram cancelados em comum acordo com a contratante.
"A gente achou, por ora, transferir para o futuro porque houve um bombardeiro desses fascistas". Segundo a empresa, a motivação foram os pedidos de cancelamento de ingressos.
Ainda conforme entrevista, Nasi disse:
"O Ira! é uma banda progressista. Nós somos democráticos. Nós passamos pela ditadura. O que eu quis dizer é o seguinte: eu não quero ter público fascista. Agora, se o público fascista, de extrema-direita, quer consumir minha música, o que eu posso fazer? Posso fazer nada".
"Eu e o Ira! saimos maior do que entramos. Eu tive o trabalho de mensurar todas as mensagens que recebi e 80% me apoiavam. Os outros eram emoji de coco, "comunista lixo"... Eles pensam que me afetam. Você conhece uma pessoa não pelos amigos que ela tem, mas pelos inimigos. Então, se essa gente é minha inimiga, do Ira!, eu me sinto satisfeito.
Meu Instagram cresceu 10% -e bloqueamos muita gente".
A DOR QUE NOS TORNA HUMANOS
Dói em mim, ver o luxo de uns brilhando ao lado da miséria de muitos,
como se a sorte fosse uma medalha e a pobreza, uma culpa.
Mas a verdade é que ninguém escolhe nascer sem chances,
ninguém sonha com a rua como abrigo ou com o lixo como refeição.
E por mais que tentem tapar meuos olhos com frases prontas,
meu coração insiste em ver, sentir, se incomodar.
Porque a empatia é rebeldia em um mundo indiferente.
É grito calado contra um sistema que exclui, que descarta, que esquece.
Não quero só lamentar, quero lembrar.
Lembrar que a justiça social começa na consciência de cada um,
no gesto pequeno, no olhar sem julgamento,
na mão estendida sem esperar aplauso.
Que doa, sim. Que continue doendo.
Pois enquanto a dor do outro ainda nos tocar,
há esperança de um mundo mais justo,
mesmo que ele comece apenas dentro de nós.
Nivaldo Gonçalves
